sábado, 31 de outubro de 2020

Porque amanha ja era ontem...


Hoje e só hoje,
Nada mais que hoje,
Nem sem passar de hoje,
Porque amanhã já era ontem.
O sentido de sentir,
Pelo sentimento vivido,
Onde se entrega o dado,
E recusa se o vendido.
Chegou hoje o dia,
Do erotismo prendido,
Soltar se como prenda,
De quem não pensa cá.
Fielmente configurado,
Este dia de privação,
Onde se acalma o coração,
E se esquece do corpo.
Integra se o norte,
Liberta se o sul,
Junta o poente,
E voa se para o oriente.
Na mente insere se o desejo,
De um erotismo presente,
Em paredes desistentes,
De tanta ilusão criada.
Soltar o presente,
Que se embrulhou no passado,
E se descola do futuro,
Para mais um dia passado.
Usar o voo da mente,
Onde não existem limites,
E os dedos sentem se,
Mesmo sem estarem presentes.
Poderia felicitar se os aromas,
De regressões tentadas,
Pelos movimentos vividos,
Para chegar ao certo futuro.
Soltem as amarras,
Não se prendam na fuga,
Pensem no existente,
E no sorriso mais que presente.
Rasguem roupas de fúria,
Apertem os corpos iludidos,
Encontrem se nos sonhos atrevidos,
E entreguem se aos orgasmos previstos.
Na mente não se engana,
A vontade de emanar,
Os odores sensuais,
De fusões orgásmicas.
Sintam o calor apertar,
Percorram corpos nus,
Com a boca ou até mesmo dedos,
Mas sintam Plutão a chegar.
Deem o melhor de vocês,
Não se prende o orgasmo,
Que está na ponta latente,
De um queimar a pele.
Usem o melhor de vocês,
Sintam a calma aconchegar,
No ultimo orgasmo presente,
De horas sem destino.

Sem comentários: