sábado, 31 de outubro de 2020

Chegar na tua dormida...


Não importa como chegar,
Não interessa mesmo a hora,
Deixa sem medos,
A porta aberta para eu entrar.
Que chegar na tua dormida,
Terá mais piada,
Aviso mesmo já,
Sem dares conta.
Percorrer o corredor,
No escuro e silêncio,
Para não sentires a chegada,
E acordar te com beijos.
Veste roupa ou lingerie,
Para ter o prazer,
De desembrulhar,
E tua pele ver ao despir.
Ainda contigo estremunhada,
Sem perceber o que se passa,
E minha boca usar,
Para te por como vieste ao Mundo.
A cada pedaço de pele,
Com a boca e dedos,
Percorrer e arrepiar,
Os pedacinhos nus de ti.
Encostar em ti,
Percorrer cada curva,
Respirar no arrepio,
E sentir o suspirar teu.
E quando a pele tiver solta,
O respirar bem alto,
O teu tentar de puxar,
Para a situação controlar.
Fugir até teus pés,
Começar a beijar,
Lentamente cada dedo,
E até a planta dos pés.
Sentir o teu puxar,
As pernas a fugir,
E agarrar bem forte,
Para poder subir nelas.
Ao aconchegar as coxas,
Sentir o beijo na tua pela,
Fugir até ao pescoço,
Sem deixar que me prendas.
Usar a boca no teu peito,
Descer na tua barriga,
Percorrer a cintura,
E virar te de costas.
Com a língua subir a coluna,
E com os dedos descer lentamente,
Para no teu rabo parar,
E poder morder suavemente.
Com cuidado,
Descer até ao tornozelo,
E provocar o arrepio solto,
Na subida novamente.
Pegar em ti,
Colocar te no meu colo,
Beijar te loucamente,
E sentir o teu folego.
Deitar te novamente,
Abraçar te no beijo,
E descer pelo teu corpo,
Ao nível da cintura.
Ali deliciar me,
Com a lentidão necessária,
Para aproveitares a viagem,
Daqui até Plutão.
E no rio criado,
Ou até mesmo desenhado,
Não parar sem o destemido,
Orgasmo como tentado.
Para pedires para,
Não aguento mais,
Deixa de estar assim,
E possui me como nunca.
Atravessar paredes com som,
Libertar os gritos mais presos,
Em loucuras devaneios,
E multidões de falatórios.
E quando já não der mais,
Deitar e assim ficar,
Contigo no meu peito,
Ver o Sol nascer mesmo ali...

Sem comentários: