terça-feira, 13 de outubro de 2020

Olhares Cruzados Inesperados...


 Naquele cruzar de olhares,

Entrados pelos cruzamentos,

Onde se libertaram sentidos,

E até os carros sentiram.

O desvio era evidente,

Na parte mais latente,

De momentos intensos,

Que se previam acontecer.

Nem as curvas escaparam,

Os Olhares lá atrás ficaram,

Poderia ser apenas vivido,

Mas o pior foi o sentido.

Já na ilusão de pensar,

Os destinos aqueceram o Sol,

Deixaram a Lua no alto,

Para os caminhos iluminarem.

Arrepios sedentos de sede,

De quem percorre horizontes,

E reflexos no espelho,

Com traços de visões.

Não se largaram em tempos,

Pelos vistos com momentos,

Que se antecedem ao sempre,

E as marcas poderiam fingir estar.

Heroicamente os carros evitaram,

O aquecer das próprias chapas,

Não era hora nem momento,

De se cruzarem em plenitude.

Assim ficou a roupa,

O sorriso travado,

O olhar cravado,

Em desejos desesperados.

Na mente percorreu se,

De uma forma imediata,

Para os locais mais indecentes,

Em corpos nus cruzados.

O Preto ficou florido,

A pele desnudada,

Os lábios teimam tocar se,

E os órgãos em ebulições.

A mente fluiu até ao fim,

Deixou e rasgou as roupas,

Iludiu os olhos com nudez,

E nos ouvidos ficaram os gemidos.

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