sábado, 8 de julho de 2023

Deixou marcas de areia


A musica ecoava na rocha,
A areia húmida da maresia,
O aroma a erva no ar,
E as cadeiras com imensidão no olhar.
Percorrendo o areal,
Onde a terra chamava por mim,
O mar sorria de ostentação,
De um brilho especial ali.
Sem entender como,
Chegaste como que ao colo,
Entre o peso pluma do teu ser,
Numa redoma de ilusão sonhada.
Com a roupa mais subtil,
De mini saia cravada na mente,
Em obstante das calças vestidas,
Que deixavam os pés despidos.
A raia miúda do tempo,
Encantado pelas linhas,
De um corpo subtil,
Como menina de vinte.
Dois beijos na chegada,
Um afagar do cabelo,
Um toque de arrepio,
E a vontade do beijo terno.
Sentaste na minha frente,
Encostaste no meu peito,
Pediste para te aquecer,
Pois o corpo balançava na temperatura.
Afastaste o cabelo,
Deixaste o pescoço a nu,
Onde abriste caminho,
De uns lábios no teu corpo.
Mostraste o primeiro arrepio,
Deixaste abertura para mais,
E cantarolaste ao som de arrepio sentido
Foi assim que o banco,
Do nada se vira,
Deixou marcas de areia,
Que varar não se perdeu,
O beijo prolongado.
Sentada novamente,
Inclinei me para ti,
Roubei o beijo prometido.
E senti o arrepio na pele,
E a roupa foi fugindo,
Ali mesmo no degrau,
De uma cadeira baloiçante.
Sentir o desejo,
De sentir desejada,
Onde se permite o desejo,
De ganhar légua até à lua.
Ali mesmo no fim da linha,
Sem ninguém nas redondezas,
O toque permitiu,
O humidificar do local previsto.
E com a ponta dos dedos,
Percorrer a pele,
Que dava mais a quem sentia.
E a língua anseia,
Pela liberdade dada,
De poder passear na pele.
Já com a noite passada,
O sol a dar de sim,
Que encontaste me na cadeira,
E sentaste em cima de mim
Senti que tinha previsto,
A humidade sem fim,
E com a lingua passear,
Que limpar bem,
De linguem em lábios,
Para não sentires,
O tempo de Cachorro quente.
Quero que funcione,
No tempo exacto mesmo,
De com pequenos passos,
O orgasmo chegar ali mesmo,
E sem demoras,
O teu orgasmo bem preto.
De luz em luz,
De tempo em tempo,
Com as estrelas a guiar.
Deixa me comandar,
Onde o movimento vai vem,
Deixa a vontade de querer mais,
Ao toque do mar aberto.
Deixa me deitar te,
Passear no teu corpo,
Antes que eu exploda e não acompanho.
Mas tu pedes,
Encarecidamente,
Que deixe a banda tocar,
Para os orgasmos vindouros...
       
 

1 comentário:

Anónimo disse...

Que lindo que foi....