sábado, 6 de fevereiro de 2021

O chamar de uma pura alma...


No óleo que escorre,
Pelas mãos que percorrem,
O meu corpo húmido,
De um banho tomado.
    Sentir a pele,
A desejar mais um toque,
De dedos subtis,
Arrepia a alma.
Já depois de sentir,
O massajar no cabelo,
De um desejo profundo,
De um beijo aberto.
A calma do passar,
Entre o banho e o quarto,
Onde reflete a luz,
De uma vela acesa.
A musica ecoa,
Em calma de paraíso,
Para acalentar as mentes,
De dois corpos despidos.
Sentir o oleo escorrer,
De umas mãos sensuais,
Que acabarão a passar,
Pelo pêlos banais.
Ondas de sensações,
De dedos percorrentes,
Entre pedaços de corpo,
Que se prendem nas correntes.
O corpo já anseia,
Que o oleo não acabe,
Para continuar a sentir,
Os dedos na sua pele.
A mente ilude,
Sente já o toque,
Mesmo que não exista,
Pelos anéis de veludo.
O arrepio feito garantido,
Pelo toque dos dedos,
E ansiando loucamente,
Pelo toque dos lábios.
Um corpo despido,
Ansiando pelo seguinte passo,
Onde se acalenta o desejo,
De ali ser possuído.
Mas os dedos calmos,
Percorrem com o oleo,
O corpo arrepiado,
E sem pressa de acabar.
Ondas de sensações,
Virtudes alcançadas,
Mas o desejo ardente,
Da chagada dos lábios.
Querer não chega,
Apenas o silêncio,
Que a musica não deixa,
Que se quebre o momento.
E na chegada dos lábios,
Já sem pressa do oleo,
O que importa é o arrepio,
Que se nota na distância.
E o subir e descer,
De um corpo desesperado,
Ansiando pelo percorrer,
De uns lábios macios.
E tentando controlar,
Os nervos de tocar,
Querer ser mais o toque,
Do que sentir o tal.
Mas no beijo prolongado,
Onde se sente a alma,
Incendeia o local,
Pelos caminhos dos lábios.
No prolongar do beijo,
Que com os lábios acalma,
Faz chegar em virtude,
O chamar de uma pura alma.

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