quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Só quero paz no meu mundo...



Sentei na beira do rio,
Entrelaçado nas rosas perfumadas,
Vi carpas saltitantes,
Que contra a maré nadavam.
Fui até ao mar,
E nas ondas do vai e vem,
Vi golfinhos viajantes,
Que sorriam ao saltar.
Feri-me e curei-me,
Encontrei e perdi,
Busquei e nada vi,
Pedi e não aconteceu.
Foram anos fio,
Subindo e descendo,
Cansado e atento,
E não percebi o talento.
E naquele alento sorridente,
Tratei do meu ser,
Libertei as amarras,
É o meu ser,
Tornou-se um ser.
Posso ser o que sou,
Imaginar o que não sou,
Dar de mim o que tenho,
E a mim nada receber.
Mas no entanto o talento,
Esse percebi,
Que de fazer rir,
Sou capaz,
E sorrir eternamente.
Ia e ficava,
Lutava e acalmava,
Tratava e nada fazia,
Heroicamente fui eu.
Já só queria saber dos outros,
Dos outros alegrar,
Fugir do que me destinava,
Em orações de saber.
Qualidades fugidias,
Orvalhos sentidos,
Poderes conquistados,
Liberdade a quanto obrigas.
Sou aquilo que sou,
De mim tenho o que sou,
Aos outros mostro o que sou,
Sempre no ser do que sou.
A paz aparece do nada,
Em terras apagadas,
E nas noites de trovões,
Vejo o Sol sobre a Lua.
Poderia conquistar o mundo,
Poderia ficar no meu mundo,
Qual deles o melhor,
Apenas sei que paz quero.









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