segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Desarrumado serei eternamente...



Ja vi longos caminhos,
Em curto espaço de tempo,
Já vi locais curtos,
Em longos tempos de espera.
Já vivi momentos de ser,
Alguns tempos de improviso,
Outros de tentativas,
E demais temperos.
Galguei muros de água,
Saltei em locais onde não tinha pé,
Voei raso onde se caminha,
E dormitei em locais impróprios.
Bastaria um sim,
Um talvez,
E um não,
Para me sentir eu.
Virei páginas inviáveis,
Troquei letras devidas,
Faltei a locais traçados no destino,
E compareci onde não devia.
Tracei meu rumo,
Voei no seu sumo,
Fiel fiquei doendo,
Saboreando caminhos longos.
Sou eu aqui,
Ali serei eu,
Acolá também acho,
Que eu serei.
Gostaria de no mundo desenhar,
Traços lineares de curvas perfeitas,
Em factos que traçados,
Não mais seriam,
Que linhas desenhadas.
Poderia o mundo desabar,
Que no meu ser,
Eu me encontrava,
Dentro desta desarrumação,
Que meu ser,
Apenas assim sabe ser.

Sem comentários: