Do alto das dunas,
Via a relação do mar com um corpo,
Não percebia quem era,
Mas notava que o mar,
Adorava ir e voltar,
Só para poder tocar no corpo,
Que deitado apreciava o Por do Sol...
Fiquei ali quieto para poder aprender,
Para poder sentir a vontade de ambos,
Para ali perceber que quando se gosta,
Corre-se atrás...
Não sabendo quem era,
Sei que aquele corpo não era desconhecido,
Era um corpo que me chamava a atenção,
Por causa da sua luz,
Das suas curvas...
Como o Mar o conheceu,
Não sei,
Mas sei que no momento em que o Mar foi,
Eu desci as dunas para conhecer o corpo,
Que fez o Mar se apaixonar,
Quanto mais me aproximava,
Mais o corpo era delicioso,
Mais percebia a sua força...
Quando cheguei perto,
Não querendo assustar,
Deitei-me perto,
Sem fazer barulho,
Para poder apreciar de perto o seu corpo...
Foi quando olhei e percebi,
Que o corpo afinal nada era estranho,
Era uma delicia de corpo,
Com cara de anjo,
Com olhos doces,
Com labios sorridentes de mel...
E ali fiquei a apreciar a forma como o mar,
Se tinha apaixonado pela,
Mesma pessoa,
Que eu,
Que és tu,
Meu amor...
Que és tu,
Meu amor...
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