segunda-feira, 3 de junho de 2024

Porque sem fim parece estar...


Na parede mais simples,
Que se encontrem,
Os gemidos mais puros,
De prazeres inalterados.
Que se sinta a vibração,
Que as paredes falem,
Onde os sentidos perdurem,
E o tesão não acabe.
Pela cama se transmita,
O aroma que persiste,
Em sensações vistas,
E orgasmos bem sentidos.
Vandalize se as lingeries,
Berre se ao segundo,
Que os vizinhos acordem,
E que as pernas não parem de tremer.
Exista o arrepio,
Persiga se o olhar,
O revirar do mesmo,
Que se muda ao toque de língua.
Onde na toca se oiça,
Pela saída que se queira,
Onde os corpos se colem,
E as línguas se cruzem.
Zelados pelos cruzamentos,
Interessados nos desejos,
Libertando se os momentos,
De uma língua que percorre.
Percorra se com os dedos,
As linhas traçadas pela língua,
Com destino de arrepio criado,
E a sensação de quase explosão.
Deito me para te sentir,
Com as pernas coladas,
Nas orelhas do meu ser,
E poder viajar com a língua.
Que se lambuzem os sucos,
Que se refaça o sentido,
De camas molhadas,
E não por saliva.
Que te coles na parede,
À espera que chegue,
Com vontade de te subir,
Até ao mais perto do tecto.
Que deixes voar,
Sem atenção ao corte,
E que as paredes do quarto,
Sejam a liberdade de voo.
Que abras as asas,
Que sintas o momento,
Que libertes o grito,
Que soltes o gemido.
Entende o teu corpo,
Deixa o ao meu encargo,
Sem um não presente,
E com o momento atento.
Salta um passo,
Acorda o sentido,
Revolta te no corpo,
E abocanha o meu momento.
Voa junto ao solo,
Deixa a imaginação acordar,
Como o vulcão que tens,
Dentro de ti a latejar.
Devolve o gemido,
Solta o sussurro,
Acorda o monstro,
Que pretende se soltar.
Que se abra o champanhe,
Acenda se as velas,
O futuro é já ali,
E o orgasmo em segundos.
Deixa a virtude solta,
Onde o corpo já não manda,
A mente deseja o já ali,
E o entrar explode com o que falta.
Deixa a língua voltar,
Para o teu suco saborear,
E deixar o rio soltar,
E a cama assim encharcar.
E o grito mais alto,
De um orgasmo sem fim,
Que não para de tremer,
O corpo a pedir mais.
E do nada se solta,
A língua perfeita,
dentro de ti,
Até ao pedido que tens.
Não pares,
Não pares,
E deixa lá isso,
E entra já com força.
E volta ao momento,
Em que o orgasmo fica,
Sem parar o teu corpo,
E o tremer sem fim.
Já sem pensares em nada,
Apenas desejas que não se pare,
E o orgasmo não desespere,
Porque sem fim parece estar...

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