Que seja o tempo,
Ajudante do Diabo,
Aceitante no destino,
Voltado para o infinito.
Que se encontre o olhar,
Que Deus permitiu,
Encaminhar a vida,
E encontrar o rumo.
Que se perca o sentido,
De quem acalmou a vida,
Deu o sentido de respirar,
E permitiu evoluir.
Que sejam as desculpas,
Por mutuo momento,
E não apenas de quem,
Se magoou sempre primeiro.
Que venham as coxas,
Largas e curvas assentes,
Apresentar o viver,
E deixar o coração bater.
Pelos traços de avião,
Que nos céus desenham,
As linhas do caminho,
Para onde deve se evoluir.
Pelas estrelas sorrimos,
Pelos raios ansiamos,
Pelo Sol desejamos,
E na lua nos refletimos.
Aclamados pelo Lucifer,
Acarinhado pelos seus demónios,
Que a vida seja efémera,
E que se sinta o morrer.
Que se percorra o tempo,
Que se dê asas ao momento,
Que seja eterno o desejo,
De ficar e não mais viver.
Ondule se o carinho,
Aprecie se o toque,
Sinta se a vontade,
De apenas um só.
Que seja regra a fim,
De que se quer mostrar,
A importância do ser,
E que as ações tem consequência.
Liberte se o monstro,
Largue se o terreno,
Viva se pelo espaço,
Que nos leva sem destino.
Fielmente depositário de mim,
Acalmado pelos Anjos,
Que comigo acompanham,
E nunca me deixam cair.
Só queria perceber,
Porque o que sinto não importa,
O que digo não importa,
E ainda sou coitado por o dizer.
Assim a vida existe,
E a Desculpa será eterna,
E nada do passado existe,
Nas ações do presente.
Tudo existe em consequência,
Tudo permanece na alma,
Quando não se muda,
E se mostra o que se erra.
Reflexos no espelho,
De almas perdidas,
Que se chegam ao pé,
E que permanecem em ebulição.
A gritante amostra do ser,
De que se sente mais,
Do que aquilo que acham,
E não é mais que um ser ali.
Doendo ou não,
Apenas apresentar o momento,
Que nunca interessa,
Quando é contra os outros.
Que nas almas demoníacas,
Se permita o sentido,
De mostrar que angelicamente,
Se poderia estar na Luz.
Exista o tempo certo,
Que permita resistir,
Do que o tempo não perfaz,
O existir aqui no Mundo.
Sejam os sorrisos lembrados,
Mesmo naquelas horas más,
Que os anjos tomam café,
E os Demónios atacam pelo seu mexer.
Que se revolte o orgulho,
Que permaneça a diferença,
E que o sentir desapareça,
Onde o Sol fica de olho.
Enraíze se o furacão,
Que oculta a ficção,
E que se mostre o que se quer,
Onde as paredes ocultam.
Mantenha se o brilhar,
Esqueça se o zelar,
Oculte se a memoria,
Que só dificulta o existir.
Que compareça o Alemão,
Que se reflita o oculto,
Que se saiba olhar,
E permitir o luar.
Julgue se o ser,
Bata se no viver,
Acabe se o sentir,
Desista se de viver...