Seria o céu azul,
Se a esperança não fosse verde?
Se o sangue não fosse vermelho?
Ou até mesmo o canário amarelo?
Não poderemos nunca dizer,
Que jamais passamos por isto,
Sem o passar mesmo,
E sabemos que vai acontecer.
Quanto mais dizemos,
Isto não me acontece,
Estou mais que preparado,
Não não estamos mesmo.
Sabemos que somos,
O que somos hoje,
Pelo nosso passado,
Mas o amanhã muda nos.
Enquanto acharmos que nos conhecemos,
A vida adora nos surpreender,
E apresentar o que achamos,
Batidos de nós mesmos.
Então voltamos a reaprender,
Voltamos a sobreviver,
Voltamos a crescer,
Até onde o azul nos deixar.
No verde caminhamos,
Pelos caminhos dentro,
Onde o tempo apresenta,
O que de melhor nos será dado.
Às vezes é mesmo ali,
Ao lado que está,
O que nunca procuramos,
Mas que vai aparecer mesmo.
No vermelho encaminhamos,
O nosso sentido de ser,
Com a ajuda do seu bater,
E que nos percorre a alma.
Onde refugiamos do tempo,
Dos momentos vividos,
E até mesmo dos acontecimentos,
Que presenciamos para crescer.
Libertamos revoluções,
Acalmamos corações,
Soltamos almas,
Mas nunca nos perdemos nós.
Somos de carne e osso,
Na essência da alma,
Deixamos sentimentos,
Usarem a nossa mente.
Tributamos quem honramos,
Crescemos no seu estar,
Quer seja físico,
Quer seja espiritual.
Elevamos o passado,
Deixamos as marcas,
Que nos levam a sermos hoje,
O que vivemos nos deu.
Onde vamos não sabemos,
Como lá chegamos é incógnita,
Enraizamos nos locais,
Que nem sempre são os nossos.
Ultimamos verdades sentidas,
Deixamos voar sonhos,
Agarramos ilusões,
E no fim somos assim felizes.
Deixamos os sorrisos,
Abraçamos os risos,
Levamos com alegrias,
E soltamos ali as tristezas.
Deixamos que a alma,
Nos leve de caminho,
Por onde deveremos ir,
Encaminhados pelas estrelas.
Aparece o dono,
Reaparece o perdido,
Acende se a vela,
E doa se a alma ao destino.
Encosta se o corpo,
Sente se a alma,
Quere se o ser,
E no momento sermos nós!!!
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