sábado, 12 de novembro de 2022

O poder do machado na pele...


Usa o teu machado,
Rasga o meu ser,
Deixa me em sangue,
Deitado ali perdido.
Faz desaparecer a dor,
Encontra um canto,
E desfaz me logo ali,
Sem dó e piedade.
Usa o machado,
Como faca de manteiga,
Em meu corpo cru,
Sem pensares no a seguir.
A dor passa depois,
No encontro de paz,
Em rebuliço de dor,
E o sentido será o certo.
Não pendures já,
Continua com o machado,
Encontra a minha pele,
E acerta os pedaços.
Reflecte o que se passa,
Em dor por dor,
Com o sentimento perdido,
De um passado dorido.
Realça o machado,
Bem junto do meu sangue,
Faz perceber o céu,
Que se fez o momento certo.
Pondera o certo,
Deixa o incerto,
E larga o machado no ar.
Deixa que as estrelas,
Acalmam o mar,
E deixam a lua,
Escondida no momento.
Traduz no machado,
A dor que se sente,
E deixa que se linchem,
As almas já perdidas.
Justifica o reflexo,
De uma dor que não passa,
Em que a cabeça não para,
E o corpo já não sente.
Deixa o machado ao lado,
Depois de cortes perfeitos,
Onde se vêm os olhares nefastos,
De mundos ocultos.
Deixa que exista o sim,
Em relação ao não,
E pondera sentir,
O poder do machado na pele...

 

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