sábado, 12 de novembro de 2022

De reflexos momentos sem dó...


Hoje é dia de dor,
Com ardor sem magia,
Em que a cabeça fica,
E o coração explode.
Poderia ser diferente,
Se o tempo fosse professor,
Em almas pendentes,
De passados ardentes.
Encontrar se no tempo,
De perfeitos anormais,
Com imagens dispares,
Dos viveres anuais.
Enquanto se perde o tempo,
Não se encontra o sorriso,
Perde se o tempo previsto,
De alegrias que se deveriam viver.
Reflexos tentados de passados,
Em memorias cravadas,
Que se perduram,
Viveres de outrora.
Julgam se os tempos,
Vividos em contra ciclo,
De perdidos não juntos,
Em junções que não se aproveitam.
Manhãs investidas,
Em tardes quase perdidas,
Para as noites perder,
Os tempos de sorrisos.
Silêncios que mais valem,
Em falas que se cravam,
Nas almas de dor,
Sem pensamentos parados.
Influências de outros,
Acalmias de almas,
Que não percebem o sentido,
Do que vivem no momento.
Em tudo vem o acolá,
Deixando o sempre igual,
Ao passado não vivido,
Junto de outros seres.
Onde urge o tempo,
De preferir o sentir,
Sempre com o pensar,
No adeus que não existe.
O cansaço do momento,
Deixa rastos longos,
De dores que se passam,
Sem largar o tempo dito.
Travões que se partem,
Deixam à deriva a descida,
Vertiginosa de passados recentes,
Em ditos sem consistência.
Entre se no pensar,
Entenda se o que se faz,
Os dizeres são sempre iguais,
Em frases diferentes.
Voltas e voltas,
De tempos em tempos,
E a consistência regressa,
De reflexos momentos sem dó.
O mundo não entra,
A lua não se apaga,
A sol nasce mesmo ali,
Mas não se entende o existir.
Galopa se sem parar,
Em rodas gigantes,
De curvas rectas,
Pelos contra ciclos.
Reluz o sentido sentido,
De falas não percebidas,
Em dados perdidos,
Nos momentos não ouvidos...

 

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