domingo, 15 de maio de 2016

Olhos fechados realmente...



Fecho os olhos,
Percorro as linhas curvas,
Que se formam em rectas,
E que tanto prazer me dá.
Na pele sinto o arrepio,
Sinto o crescer em mim,
Calores suados,
Em torno do meu corpo só.
Roupas que não existem,
Mas apenas na mente,
Pois não mais do que isso,
Poderei ter agora.
Línguas que andam,
Desejos de toque,
Dedos arrepiantes,
Pele bem ardente.
Gemidos que oiço,
Sem ninguém os fazer,
Meu corpo treme,
Com o pensamento da mente.
Libertarei meu grito,
No momento que tal,
Me deleitarei no toque,
De uma pele doce.
São vontades ou desejos,
Que minha mente perde,
Para um corpo terrível,
Que não resiste ao toque.
Daria de mim,
Aquilo que sei,
Não ser possível agora,
No momento ardente.
Só queria usar,
Voar ou deitar,
Tocar e olhar,
Sem ter que ser,
No pensamento mais distante.
Ficarei mudo ou não,
Neste desejo ardente,
De na pele passear,
Com lábios ou dedos.
Maravilhoso desejo,
Não mais do que isso,
Pois no toque impossível,
Não existe pudor.
Só queria percorrer,
A pele genial,
Com a língua total,
De uma ponta à outra.
Sem permanecer louco,
Nesta vontade muda,
Que se quer soltar,
Mesmo não podendo tocar.
Irei até ao fim,
Do limite do meu ser,
Para ter o prazer,
De gritar consegui.
São desejos imensos,
Vontades fortes em mim,
Que se quebram no olhar,
Por isso tento fecha-los.
No pensamento percorro,
A pele bem macia,
Com gemidos suaves,
E palavras sensuais.
Na mente voo bem,
Idealizo o momento,
De a pele arrepiada,
Ficar com o meu toque.
E o filme bem feito,
De no fim encontrar,
Os dois corpos colados,
Em suores bem ardentes.
Só queria percorrer,
As linhas curvas sem fim,
Até ao limite do corpo,
De uma pele arrepiada.
Com os dedos,
A língua até,
Lábios poderia ser,
Desde que real,
Pudesse ser.








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