Um dia entrei em casa,
Chamei por ti,
Não te vi,
Nem ouvi...
Procurei pela casa,
Tinha recados em todo o lado,
Velas a condizer,
Senti-me suspenso pelo que ia acontecer...
Segui o som da valsa que tocava,
Das setas que diziam,
Estou aqui...
Não te via,
No final de cada uma,
Segui-as todas,
Até poder chegar a ti...
Encontrei-te,
Onde menos esperava,
Depois de uma volta pela casa,
Quase no ponto de partida te encontrei...
Estavas deitada,
Rodeada de velas,
Com aroma suave,
Vindo de ti...
Apenas um lençol te cobria,
Deitada de forma provocadora,
Disseste para parar,
Não deixaste entrar...
Levantaste-te,
Foste ter comigo,
Tapaste os meus olhos,
Deitaste-me na cama...
A partir dai,
Tomaste conta de mim,
Fizeste-me voar,
Estremecer,
Adorar e amar...
Abusaste e usaste...
Fizeste-me o que mais sonhavas...
No fim,
No meu peito deitaste...
E voamos até ao infinito juntos...
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