terça-feira, 11 de agosto de 2020

Usem do corpo...


Esqueçam os momentos,
Perdurem os sentidos,
Pelos vividos orgasmos,
Em tempos bem perdidos.
Deixem de contar o tempo,
Usem o privilégio urgente,
De quem sente o demente,
Que é considerado o sentido.
Usem e abusem,
Do que o vibrar permite,
Em tempos isolados,
Em segundos repetidos.
Sentir o que veio,
Da forma como se veio,
Em tempos de uso,
Como pilhas que se gastam.
Abusem do poder,
Que podem sentir no sentido,
De um orgasmo de plutão,
Sentido até em marte.
Premeiem quem vos dá,
Executem como um plano,
Sem esquecer o direito,
De no fim se gozar a dois.
Repitam sem fim,
Calem as vozes de dentro,
Com os frios arrepiados,
Pelos corpos vazios.
Fiquem sem folgo,
Usem das mascaras até,
Não permitam que se perca,
Um segundo sem fim.
Revoltem se contra o não,
Executem bem demais o sim,
Percorram falesias sem mares,
E ruas sem estradas.
Permitam a navegação do ser,
Por esse Mundo já perdido,
Em tempos de finais,
Onde se sintam bem demais.
Corram ou saltem,
Gritem ou cantem,
Sussurrem ou falem,
Mas no fim bem se toquem.
Dados lançados nas escadas,
De forma que não se pare,
Sintam o que a alma pede,
E não deixem o não actuar.
Reflictam e actuem,
Corram sem fim mesmo,
Não parem sem prazeres,
Usem o corpo até mais não...

 

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