sábado, 3 de dezembro de 2016

As gotas que vivenciam...


Pelas gotas da chuva,
Um passeio ao luar,
Os corpos se molham,
Com lábios ardentes.
Um beijo saboroso,
Um toque poderoso,
Com as gotas que caírem,
Nas peles semi vestidas.
Dedos que não param,
Beijos que não acabam,
Arrepios de calor,
Sentidos nas gotas frias.
Num luar quase vago,
Uma chuva que não para,
Dois corpos fundidos,
Pela intensidade do beijo.
Uma roupa colada,
Um toque que rasga,
Um gota escorrida,
Por beijos ferventes.
Uma delicia de chuva,
Que delineia cada curva,
De um corpo permanente,
Que na gota flutua.
Roupas que se vão,
A caminho do chão,
Em continuação do quente,
Que a chuva permanece.
Foi vão o sentir,
Dali não se quer sair,
Por mais que a gota caia,
Os beijos não se esgotam.
Tentando que o toque,
Não provoque tanto,
Mas o chão chama,
Para rolar pelas gotas.
Foi o corpo vestido,
Que na gota mostrou,
Que a hora era agora,
De se ficar nu.
Já espalhados pelo chão,
Rebolando quietos,
Em tamanha provocação,
Que nem a chuva acalmou.
Foi gritante o sentir,
A casa gota caída,
No beijo que perdurou,
E na pele se sentiu.
Quando se uniram os corpos,
Já os seres tinham feito,
O amor na mente,
Só pelo beijo dado.
É ali ficaram,
Sentindo a gota cair,
Que parecia querer saudar,
A vivência do sentir...









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