Venha a viagem mais louca,
Aquela que sem destino,
Começa no fim,
Do desafio da mente.
Perceber que o caminho,
Vai ser longo,
Sem destino certo,
E com a volto renunciada.
Ficar onde se puder,
Parar onde se quiser,
Da liberdade alcançada,
Entregue aos suspiros apenas.
Fazer o trajecto,
Pelas curvas incertas,
Que das montanhas surgem,
E no mar acabam.
Fazer das ondas cama,
Entregar o corpo,
No mar já de chamas,
Mesmo que de aguas planas.
Fazer tenções de por ali ficar,
Sem mais demoras,
Onde se perder,
Será o mais certo entender.
Que se ocultes promessas,
Que se realizem viagens apenas,
De alma sem fim,
E sem roupas nas vestes.
Serão permitidas visitas,
Pelos caminhos andantes,
De tentações permanentes,
Entre baleias e sereias.
Fazer do fundo tremeliques,
Entregues na pele,
Com odores no corpo,
Que relembram momentos lavagantes.
Não te acanhes no pedido,
Que seja bem medido,
Que se prenda no urgente,
De encomendas pagãs.
E no momento certo,
Tornar me artista,
Entre corpos nus,
E desejos prometidos.
Fazer tudo incerto,
Como o pedido acerto,
De quem sente que é,
Nada mais do que artista.
Pintar o quadro,
No por do sol,
Ou no encontro belo,
Entre o sol e a lua!!!
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