Possa o brinde suceder,
A vontade acontecer,
O que parece ser,
Teimar em apenas ter.
Sejam os corpos unidos,
Nas peles despidas,
De suores vagares,
E gritos uniformes.
Sentir o passear,
O calmo navegar,
De línguas e tais,
Nos imperfeitos ais.
Que seja o lento,
O caminho torto,
De tentos e golos,
Sem as balizas ali.
Fique o arrepio,
Sentido na pele,
Colado na alma,
De lembrança existente.
Seja o agora nada,
O Passado aprendizagem,
De um futuro pertencente,
Em locais repletos de ais.
Sejam incompletos minutos,
Mas com a qualidade perfeita,
De horas que sejam,
Apenas só segundos.
Aconteça o vir,
Deseje o ter,
Onde o copo cheio,
É parte do corpo despido.
Seja o suor quente,
Nas loucuras da mente,
Onde aquele toque,
Não se larga mais o olhar.
Sejamos apenas o que somos,
Nos locais mais recônditos,
De corpos que se colam,
E não se querem largar.
Seja a perfeita lembrança,
Do que já foi no agora,
Dentro do que prevemos,
Que será o futuro depois.
E que tudo seja igual,
Na recordação do momento,
Que um dia foi,
De acontecimento tal.
Possamos sempre ver,
Que os arrepios foram,
São reais e serão,
Mesmo que não exista toque.
Possam então as línguas,
No toque do céu,
Perceber o limite,
Que será o colar dos corpos!!!