terça-feira, 31 de dezembro de 2019

De lingerie com a boca...


Com saudades de chegar,
Encontrar as peles tapadas,
Com a lingerie que tapa destapando,
As curvas do corpo.
Com momentos de tensão,
Que a boca quer colar,
Numa peça e a retirar,
Até à pele ficar assim desnudada.
Com tiques de sede,
Com pedaços de fome,
Com desejos de ter,
O que poderia ser.
A cada toque um arrepio,
A cada deslizar um crescente,
Que se nota por ver,
O que pode sentir a pele na alma.
Com vontades de não mais largar,
De não mais deixar fugir,
O que poderia ser sentido,
Com poderes conquistados.
Poderiamos até não mais ser,
O que somos em peles desnudadas,
Coladas uma na outra,
Com as bocas coladas na pele.
Sentindo o que poderiamos ter,
Na alma que resiste,
Ao que a lingerie faz sentir,
Ao chegar e a ver...

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