Deixa a roupa na porta,
Entrega o corpo,
Deixa os dedos percorrerem,
E a lingua soltar se.
Faz dos gemidos tentação,
Usa as palavras,
Que se soltam da emoção,
E deixa a arte presentear te.
Faz da sensação ilusão,
Entende a mente que tens,
E os desejos que soltas,
No calor do momento.
Fica quieta,
Ou mexer te como nunca,
Mas faz do toque suave,
A estrada do prazer.
Faz do coração a mil,
A forma de perceber,
Que o teu corpo fugiu,
E ali só ficou a alma.
Que seja uma viagem,
Com ajuda da lingua,
Entre novelas e desenhos,
Que se traçam na tua pele.
Faz cuidado com o local,
Onde desejas o toque,
Para não ser usado contra ti,
E seres apoderada ali mesmo.
Tenta te como ninfo,
Faz de ti pura,
Entrega te ao vento,
E deixa te ir no tempo.
Usa o relogio,
Que parou para ti,
E deixa te ir no voo,
Que só acaba no ultimo suspiro.
Reitera que a voz,
Presente no toque,
Entende que se vai ouvir,
Ao fundo da rua.
Deixa que o corpo se mostre,
Nos movimentos sem fim,
Que o controlo já foi,
E agora é ele que se desafia.
Deixa que a lingua,
Percorra então a tua pele,
De forma suave e doce,
Onde o teu suco corre como nascente.
E deixa os locais,
Que passas nua,
Fique com a tua marca,
E se sinta o seu aroma.
Podes pegar e arranhar,
Deixar as mãos mandarem,
No pegar do cabelo,
Mas já não mandas mais.
Gestos de poder,
Agarra e pega,
Mas deixa que te diga,
Hoje serás minha...
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