sexta-feira, 11 de abril de 2025

Prazeres sem fim...


 Pegar pelo colo,
Entrar na divisão,
Ver as luzes a piscar,
Deixar tudo para trás.
Entrar no céu,
Sem deslocar da terra,
Pelo sentido de ver,
O corpo a despir.
Seja no tempo perfeito,
A roupa a cair,
E endividar o querer,
Por ser mais do que poder.
Entrar e perceber,
Que a pele desnudada,
Ainda fica mais bela,
Como seda pura.
Entregues ao vento,
Onde a calma desperta,
Os sons despertos,
De locais sombrios.
Sejam as almofadas segredos,
Guardados entre muralhas,
De corpos despidos,
E seus lábios suculentos.
Locais sem divisões,
Onde nada se para,
Tudo existe,
Tudo resiste.
Sejam loucas horas,
Ou sedentos segundos,
Dos corpo secretos,
Que já despidos estão.
Possam os dedos navegar,
Os lábios assim tocar,
A pele se arrepiar,
E os desejos aumentarem.
Seja o que pode ser,
Sem demais procuras,
Sem demais delongas esperas,
Sempre com intenção ali.
Possa a mente deixar,
O que o corpo liberta,
A alma sente,
E o prazer desespera.
Venham horizontes de segundos,
Vendo as borboletas no quarto,
Onde as andorinhas voam,
E o tempo faz de leão.
Que se encontrem sem desespero,
Os corpo já nus,
Libertos de quereres,
E com vontades abertas.
Inclua se o som,
Solte se o gemido,
Venha o prazer,
E o toque fique horas a fim.
Deslize se os lábios,
Arrepie se a pele,
Sejam as coxas domínio,
De uma face já ardente.
Junte se ou afaste se,
Já não tem como fugir,
O que vem a seguir,
Dois corpos suados.
Entre ou saia se,
O resultado será sempre,
O que se viu na entrada,
Prazeres sem fim...

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