quinta-feira, 23 de maio de 2024

Quando o corpo acalmar...


Que aquele corpo na cama,
Se deslumbre pelo toque,
Se deixe apoderar,
Pelos sentidos do olfato.
Que o corpo desnudado,
Se apresente em lingerie,
De sedução tal,
Que a vista fica apurada.
Que o toque se encontre,
Na perfeita sintonia,
De quem se apresenta,
De arrepios em pele.
Que se beije do principio,
Ao fim do mesmo corpo,
Onde se possa deliciar,
Com o saborear do sabor.
Que seja o sentido dado,
De quem deseja,
Que o corpo seja apoderado,
Por quem chega ali.
Que os lençois sejam atirados,
Como se fossem prisão,
E que acalmem a vontade,
De nem esperar pelo tirar.
Que sentido se encontre,
Na pureza do percorrer,
O corpo ali deitado,
Como forma mais pura de sensualidade.
Que se possa prender,
Com o que tiver à mão,
Mas que se possa usar,
E até mesmo abusar.
Como se o prazer,
Que deveria ser assim,
Sem regras e até mesmo,
Sem limites de prazer.
Que os gemidos sejam intensos,
Sejam puros gritos,
De quem sente com alma,
Que o orgasmo está ali logo.
Que se possa explodir,
Entre o sair e entrar,
Com a boca perto,
De quem quer sentir logo.
Que seja o apertar,
Intenso como fogo,
Que se venha no foguetão,
Em viagem até Plutão.
Deixar entrar no mundo,
Do puro orgasmo,
Daqueles sem fim,
Até o rio poder aparecer.
Que se fique apreciando,
O tremer do corpo,
O revirar dos olhos,
E o abraço apertado seguinte.
Onde se encalha,
E fica se quieto,
Para poder recomeçar,
Quando o corpo acalmar...

 

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