sexta-feira, 29 de março de 2024

Até ao amanhecer...


Quem encontrou a sorte,
De uma noite quente,
Em qualquer lugar,
Onde apenas se encontram duas almas.
Que nos toques subtis,
Que nos lábios colados,
Que na humidade feita,
Aconteçam as explosões de alma.
Que sejam os segundos eternos,
Que se encontre a arte,
De uma sedução permanente.
Que inclua os sentidos,
Perdidos no tempo,
Em que os sonhos existem,
E os desejos acontecem.
Que nos corpos se percam,
As almas puras,
E que se mostrem nuas,
Mesmo de roupas vestidas.
Zelando sempre,
Pelas estrelas presentes,
Que iluminam as salas,
E aclaram os quartos.
Onde as velas tocam,
Nos copos de vinho cheios,
E lareiras acesas,
Com os corpos quase semi nus.
Encantem se os olhares,
Encontrem se os segundos,
Encarem se os olhares,
Que de penetrantes são pureza.
Libertem se os tempos presos,
Fiquem se presos nos toques,
E nos beijos perfurantes,
De corpos sentidos.
Onde cada reflexo seja,
O tempo perfeito em tensão,
Para um erotismo doado,
E razão para não parar.
Onde o desejo flutue,
Para longe na mente,
E fique bem perto,
No toque sentido.
Ondulações variantes,
De momentos sentidos,
E com a clareza da mente,
De se saber que é ali a hora.
Para onde voar,
Para onde beijar,
Para onde tocar,
Sem perder o fio do erotismo.
Que na conquista do toque,
Aconteça o gemido,
Que se solte a mente,
E se deixe voar sem fim.
Onde poderia acontecer,
Onde deixaria o desejo,
De se possuir ali,
Até ao amanhecer...
 

Sem comentários: