sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Erotismo Timido...

 
Porque a vista come também,
Quando se aproxima a curva,
No corpo traçado,
Um desejo se apodera.
A vontade cresce,
De poder ali tocar,
Sem perder o tempo,
De sozinho ficarmos.
Um atentado ao pudor,
Dizem uns,
Uma perdição que se perde,
Por desígnios das leis.
Mas que cresce ali mesmo,
Isso cresce e bem,
Com tempo poderíamos perder,
A timidez do tal erotismo.
Que nas linhas do corpo,
Se mostra e se deseja,
Querer ali mesmo,
Tocar e deliciar.
Quanto mais se ve,
Mais se quer,
Mais vontade cresce,
De contra a parede encostar.
E os gritos surdos,
Os suores poderosos,
Que se misturam,
Com os dedos que percorrem.
Com sentidos apurados,
Nas paredes escondidas,
Se poderiam usar,
Sem pedir autorização.
Com vontades crescentes,
De desejos eróticos,
Suores sexuais,
E até mesmo a mente voante.
Já só se pede que se acabe,
Com este pudor de apenas olhar,
Sem tocar poder,
E gemidos soltar.
São horas ou minutos,
Perdem se no tempo,
Porque os desejos são maiores,
E as vontades enormes.
Quanto mais passa,
Mais o toque se quer,
Mais a vontade se deseja,
E no final,
Esquecer que,
O erotismo anda tímido...

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