sábado, 26 de maio de 2018

Como odiar pelos dois...


Por entre paredes travessas,
Com sonhos desejados,
As palavras vãs de poder,
Com o silêncio ensurdecedor.
Os cuidados de amores,
Que se desvaneciam no tempo,
Em locais comuns,
De tempos a tempos.
Foi um término local,
Que ficaram dissabores,
Com conhecimentos tais,
De um coração sem cura.
Os amores,
Esses ficaram,
Com poderes no corpo,
Que nem a mente liberta.
Voltas e não voltas,
Como a Terra o faz,
Sempre dirigindo em frente,
Mas com o travão lá atrás.
Até que um dia,
De tanto ver que se via,
A conversa se dilatou,
E o sonho voltou a tornar-se.
E aí voltou o sonho,
De poder amar ou estar,
Mas o passado reconquistado,
Perdeu se na merda do tempo.
Foi então que falado,
Nada se poderia falhar,
Não era amar,
Mas sim estar.
Ali se ficou,
Pelo silêncio ensurdecedor,
De quem se sentia inseguro,
De poder mesmo amar.
Já de todo apagado,
Ou até mesmo rasurado,
Foi na mistura de um novo,
Que se sentiu ultrapassado.
De chapadas ou até murro,
O corpo não sentiu,
Mas trespassou a alma,
Que já nem cura com cola.
Apesar de tudo passado,
Num presente alcançado,
Pelo futuro desejado,
Já só o Ódio está latente.
Como nisto do coração,
Não manda quem quer,
Manda ele é mais nada,
Só fica assim presente,
Como Odiar pelos Dois...

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