quinta-feira, 26 de abril de 2018

O Suco de Glória ...


Sentado esperando o Sol se por,
Nos braços de um copo resisto,
A poder olhar e tocar,
Em pele que vagueia.
São vontades que ficam,
Sentidos que se apuram,
Vontades que aumentam,
É o que o olhar pressente.
Em largos passas quietos,
Entre gentes que se perdem,
Nas palavras que não acabam,
E olhares que se trocam.
Por sorrisos tentados,
O desejo de ter ao colo,
E assim beijar,
Com a roupa colada.
Por entre meios de despidos,
Onde a pele se desnuda,
Em líquidos que se entornam,
Por vontades premiadas.
São óculos vertidos,
Por mais que tentados,
Em locais distantes,
Na mesma cadeira sentar.
Com a pele bem desnudada,
Já arrepiada de tocar,
Com lábios ali na mesa,
Onde antes copos se pousaram.
São voláteis,
São portentos,
São assim e só,
Em gritos almejados.
Com a boca e dedos,
A pele ali mesmo percorrer,
Para sentir ao íntimo prazer,
O suco da Glória...

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