segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Não ocultem o prazer...


Porque por entre curvas,
As linhas se tornam tão rectas,
Pelo que vemos e sentimos,
Delineado pelo toque.
São purezas vibradas,
Sentidas do nada,
Com o tudo ao mesmo tempo,
E o poder de arrepiar.
Com os dedos sinto,
Com os olhos almejo,
Com a boca procuro,
A língua o prazer me dá.
São curvas sem fim,
Rectas com fim,
Em traços de pele,
Que o prazer assim procura.
São vontades,
São desejos,
São mais que tudo,
Em menos de nada.
A cada centímetro,
Procura-se o metro,
Encontra-se o quilometro,
E viaja-se no espaço intemporal.
São vontades de prazer,
Tesões causadas,
Provocações sentidas,
E na parede executadas.
Maresias à parte,
Com areias de relva,
Em locais distantes,
Na presença de seres.
São loucuras,
Até mesmo devaneios,
Mas não internem,
Nem ocultem o prazer...

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