sábado, 21 de outubro de 2017

Ai que se veste a pele...


Quero pegar assim,
Encostar contra a parede,
Mostrar a vontade,
Que se apodera de mim.
Um tipo de querer,
Uma vontade com desejo,
Um desejo sem fim,
Que de se apoderou de mim.
Por entre as paredes,
Onde tudo é infinito,
Por onde caminha o silêncio,
Onde os gemidos são soltos.
Aquele olhar,
Que rasga a roupa sem tocar,
Um desejo de pele,
Que se arrepia no sopro.
Gatinhar ou caminhar,
Tanto faz pelos caminhos,
Que se traçam em desejo,
De ver rios ali mesmo.
Sou tímido em tal,
Sem mostrar e poder,
Mas o querer é tal,
Que apetece mesmo rasgar.
A roupa que tapa a pele,
Ou pelo que arrepia,
O morder do lábio,
Quando o olhar se atreve.
Quero isso e mais,
Ou menos e outro,
Mas o que importa mesmo,
É o desejo sem fim...

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Erotismo Timido...

 
Porque a vista come também,
Quando se aproxima a curva,
No corpo traçado,
Um desejo se apodera.
A vontade cresce,
De poder ali tocar,
Sem perder o tempo,
De sozinho ficarmos.
Um atentado ao pudor,
Dizem uns,
Uma perdição que se perde,
Por desígnios das leis.
Mas que cresce ali mesmo,
Isso cresce e bem,
Com tempo poderíamos perder,
A timidez do tal erotismo.
Que nas linhas do corpo,
Se mostra e se deseja,
Querer ali mesmo,
Tocar e deliciar.
Quanto mais se ve,
Mais se quer,
Mais vontade cresce,
De contra a parede encostar.
E os gritos surdos,
Os suores poderosos,
Que se misturam,
Com os dedos que percorrem.
Com sentidos apurados,
Nas paredes escondidas,
Se poderiam usar,
Sem pedir autorização.
Com vontades crescentes,
De desejos eróticos,
Suores sexuais,
E até mesmo a mente voante.
Já só se pede que se acabe,
Com este pudor de apenas olhar,
Sem tocar poder,
E gemidos soltar.
São horas ou minutos,
Perdem se no tempo,
Porque os desejos são maiores,
E as vontades enormes.
Quanto mais passa,
Mais o toque se quer,
Mais a vontade se deseja,
E no final,
Esquecer que,
O erotismo anda tímido...

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Não ocultem o prazer...


Porque por entre curvas,
As linhas se tornam tão rectas,
Pelo que vemos e sentimos,
Delineado pelo toque.
São purezas vibradas,
Sentidas do nada,
Com o tudo ao mesmo tempo,
E o poder de arrepiar.
Com os dedos sinto,
Com os olhos almejo,
Com a boca procuro,
A língua o prazer me dá.
São curvas sem fim,
Rectas com fim,
Em traços de pele,
Que o prazer assim procura.
São vontades,
São desejos,
São mais que tudo,
Em menos de nada.
A cada centímetro,
Procura-se o metro,
Encontra-se o quilometro,
E viaja-se no espaço intemporal.
São vontades de prazer,
Tesões causadas,
Provocações sentidas,
E na parede executadas.
Maresias à parte,
Com areias de relva,
Em locais distantes,
Na presença de seres.
São loucuras,
Até mesmo devaneios,
Mas não internem,
Nem ocultem o prazer...