quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Dois corpos colados...


Este desenho foi gentilmente cedido por Jorge Marques


Dois corpos colados,
Em lençóis de cetim,
Com lenços de veludo,
Que prendem as mãos.
As linhas navegadas,
Pelas pontas dos dedos,
Que abrem apetites,
De mais e só mais.
Com língua arrepiante,
Que pela pele navega,
E que traça arrepios.
Tragos com aroma,
De pedaços de pele,
Que se arrepiam,
A cada toque.
Rios e sois,
Que se libertam no toque,
Deixam pedaços,
Em dois corpos tentados.
Viram-se e desejaram-se,
Pelos olhos sem notar,
Ali chegaram,
Com corpos bem nus.
O desejo ardente,
Esse muito quente,
De tesões bem altas,
E prazeres sem fim.
Foi na prisão das mãos,
Que o clima aumentou,
De desejo latente,
Por mais sendo quente.
Quando por meio,
Das sensações provocadas,
A língua chega ao Porto,
De rios lagrimejantes.
Por demais que pedisse,
Ela não se satisfazia,
Apenas pararia,
Quando o rio inundasse.
Voltado pela pele,
Até aos lábios quentes,
Poderia pedir mais,
Mas as mãos bem presas.
Foi no soltar das amarras,
Que não mais parou,
Tanto as mãos caminhavam,
Como a língua não parava.
Os dois bem quentes,
Pelos desejos ardentes,
Se deixaram possuir,
Pelos momentos potentes.
Eram gemidos de prazer,
Gritos soltos em musical,
Formas sem definição,
Com os corpos infinitos.
É por fim que se dão,
Se deixam entrelaçar,
Que seus corpos se fundem,
E o prazer é infinito.
Pelo ar ficam os momentos,
Que sem fim se dão,
Porque está grande tensão,
Faz perder a atenção.
Já sem folgo de poder,
As coisas podem acontecer,
E com os aromas presentes,
Pela noite ao entardecer...





Sem comentários: