domingo, 27 de novembro de 2016

Linhas traçadas...



Por entre as linhas travadas,
As estrelas caladas,
Os sois frios de suor,
E as luas cansadas.
Por entre montes e vales,
As linhas que se atravessam,
Suam entre as gotas,
Por travessas quentes.
Vivências conquistadas,
Gostariam de pensar traços,
Quentes nos frios poderosos,
Libertos por riquezas.
Cantaria as qualidades,
Mandante de luzes,
Em noites que caiem distantes,
Por entre caminhos longos.
Gostaria de usar,
Os meus sonhos tratados,
Sentindo os sabores,
Que jamais imaginava saborear.
Tentado na luta,
Por uma vontade liberta,
De poderes usados,
Por tratados tratados.








terça-feira, 1 de novembro de 2016

Corpos colados por fim...



Uso meu corpo no teu,
Em valores frios de calor,
Por onde os mares não chegam,
Pois se encontram tapados.
Percorria tua pele,
Em locais que se escondem,
Por entre as linhas cruzadas.
De lingeries de papel.
Taparia os locais visíveis,
Para não perceberes as ondas,
Que os dedos provocam,
No toque da tua pele.
Sem nada a tapar,
Pedaços de pele todos a nu,
Onde os dedos navegam,
Sem obstáculos a fim.
Poderia usar a língua,
Numa passagem bem suave,
Por onde a pele grita,
Quero agora mais que isso.
Os dedos não chegariam,
Para acalantar o desejo,
De um ardente pedido,
Que quer bem mais.
Degostaria pedaço de pele,
Arrepiada na passagem,
De dedos cravados,
Em toques sensuais.
Fluidos começariam,
A escorrer pele quente,
Onde escondidos não se viam,
Num dia de sol quente.
Assim com o gelo perto,
A pele pede mais,
Sem fim à vista,
Mas com sensações apertadas.
Nos momentos seguintes,
As vontades confundiam se,
Com desejos pendentes,
E fetiches lembrantes.
Já só queria a pele solta,
Como a que sinto agora,
Para com dedos e língua,
Navegar em portos abertos.
Pela pele navegar,
Em gemidos suaves,
Gritos altos que se soltam,
Por toques impenetráveis.
Apenas passagens,
Toques e nada mais,
Por uma corpo desejoso,
Que não termine mais...

As pretensões da mente...



Com pretensões ilusórias,
De navegar em mares terrenos,
Andar por pedras afiadas,
Voar sem asas presas.
Sorrir até ao fim,
Com lágrimas bafejar a sorte,
Abraçando quem vem,
E ajudando quem vai.
Lutarei até perder forças,
Para me manter assim,
Louco permanente,
Em desejos pendentes.
Ficaria alegre por tudo,
Contente por nada,
Em viagens locais,
Pelos mundos existentes.
Gastaria segundos do dia,
Em horas de conquista,
Por mais e alguns que tais,
Sem perder noções de quais.
São sonhos ou não,
De verdades conquistadas,
Em realidades virtuais,
De vivências humanas.
Sou o ser que sou,
Em fidelidades retratadas,
Por quadros pintados,
Sem autores reais.
Tutelaria um ser,
Que não mais existe,
Por existência tão digna,
De permanência na mente.
Usaria do bom senso,
Usando o quotidiano,
Sem conhecer o mundo,
De forma tão latente.
Ficaria nos cantos,
Olhando de esguelha,
Para perceber este mundo,
Onde resido na mente...