quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Naquela noite clara...


Correndo lentamente,
Para os braços fechados,
Por entre olhares,
Em pleno escuro.
Aproximam-se dois corpos,
De dois seres pensantes,
Que preferem o toque,
Nos desejos ardentes.
Sonhos e ilusões,
Em corridas paradas,
De toques voltados,
Para peles arrepiadas.
Fugazes e audazes,
Libertos de sons,
Em prisões abertas,
De mentes bem fechadas.
Julgam por tudo,
Fazem por nada,
Soltam se as amarras,
E tocam se a cada segundo.
São poderes repostos,
Em ruas da calçada,
Por entre paredes,
Que gemidos se sentem.
Luzes apagadas.
Que iluminam bem o corpo,
Em eruditas conversas,
De bocas seladas,
Em salas quadradas.
Pelo chão se estende,
A roupa que não existe,
Em peças pequenas,
De lutas inquietas.
Erupções vulcânicas,
Sem vulcões por perto,
Ardentes os desejos,
Que em ilusões se tornam.
Cada linha um prazer,
Cada toque um gemido,
Cada beijo um voar,
Cada orgasmo um paraíso...




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