terça-feira, 17 de maio de 2016

Voar até mais não...



Fecho o olhar,
Penso em coisas,
Vejo o luar,
Numa noite de tempestade.
Recordo e avanço,
Penso e resisto,
Tento e fico quieto,
Mas o olhar,
Esse percorre tudo.
Recaindo e levantando,
Tentando e voando,
Deixando as asas de lado,
E caminhando até a lua.
Julgava impossível,
Resistir de tal forma,
A queimar etapas,
Nos sonhos criados.
Sorrindo e cantando,
Gritando e calando,
Percorreria tempos sem fim,
Até Plutão chegar.
Voaria para além mar,
Correria peles infinitas,
Julgaria sobreranias,
De poderes imensuráveis.
Serei eternamente grato,
Ao passado que existiu,
Ao futuro que vira,
Neste presente embrulhado.
Na língua tenho o gosto,
Nos dedos a delicia,
No olhar o carinho,
No corpo à tentação.
Tomaria gosto de ti,
Em qualquer instante meu,
Para nos desígnios de Deus,
Me transformar em Adao.
Liberto minha raiva,
De no toque não poder,
De na suavidade do ser,
Voar até mais não.





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