sábado, 21 de maio de 2016

Na neve ardente...



Lá fora neva,
No quarto com lareira,
Que aquece corpos,
E alma nua.
Peles a pedir toques,
Lábios que se desejam,
Dedos tentados a percorrer,
As linhas curvas do ser.
Vinho nos copos,
Gelado nas taças,
Cama feita de cetim,
Lingeries delineadas.
Língua em tentação,
Olhos semi fechados,
Palavras sussurradas,
Pedidos ardentes.
Juntam se os corpos,
Mãos que se entrelaçam,
Lábios que se tocam,
Sensações quentes.
Pela janela o branco,
Da lareira a luz,
Uma cama que chama,
Dois corpos quentes.
Percorre se o corpo,
Primeiro com os dedos,
Seguido pelos lábios.
Não deixando nada ao acaso.
Gritos pequenos,
Gemidos sentidos,
Palavras pedintes.
Dos desejos ardentes.
Música que pede,
Mais toques e arrepios,
Em pele quente,
Que desliza no cetim.
Os corpos já nus,
Sem roupa adjacente,
Ficam colados,
Do calor emergente.
Sem fim à chegar,
A começar outra vez,
Os corpos pedintes,
De mais sensações ardentes.




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