sábado, 28 de maio de 2016

No quarto luminoso...


Chegado ao quarto,
Vejo luzes pequenas,
Cheiro a mel,
Com aroma de ti.
Nua numa cama,
Rodeada de velas,
Com partes tapadas,
Num corpo desnudado.
Lençóis de cetim,
De cor vermelha pura,
Com traços brancos,
E teu corpo deitado.
Chego perto da cama,
Pelas pernas subo,
Com os dedos que tocam,
Uma pele pedinte.
Vais olhando para mim,
Com vontade de mais,
Mas pedes assim,
Para o toque ser profundo.
Tua pele arrepia,
Em cada toque mais,
E o aroma vai sendo,
Cada vez mais intenso.
Um desejo sem fim,
De com a língua percorrer,
Esse corpo bem nu,
Que só os dedos deixas andar.
Quando por todo o corpo,
Os dedos navegaram,
A pele bem assente,
De que mais desejava.
No olhar um desejo,
Nos lábios um pedido,
Na pele que ardia,
Por um beijo ardente.
Com a língua percorro,
Cada traço de linha,
Nas curvas me perco,
E no olhar me encontro.
Passam tempo sem fim,
Horas ou minutos,
Não importa mesmo isso,
Pois o desejo está latente.
Ao fim de percorrer,
Esse corpo ardente,
Em constante pedido,
De viagem constante.
Plutão ou mais além,
Já só importa o meio,
O fim não se faz questão,
Nesta viagem navegante.
Os corpos por fim,
Se colam em perfil,
Com os lábios colados,
E os gemidos se prendem.
Num beijo demorado,
Como instante perdura,
Em forma de prazer,
Do gemidos bem quentes.
O aroma já intenso,
Pedindo mesmo o sabor,
De uma língua ardente,
Em momentos de prazer.
Por beleza de gemer,
Com a língua provocar,
Intensas emoções,
De gemidos gritantes.
Perdura no saborear,
O linguajar delirante,
Num pranto de calor,
Em aromas de prazer.













quarta-feira, 25 de maio de 2016

Subir com a língua...



Subo na rua de calçada,
Atrás de uma senhora,
Que de vestido justo ia,
Apreciando cada curva.
Percebo que nos deslocamos,
Para o mesmo sítio,
Mesmo local,
Mesmo sem ter nada combinado.
Ela entra pela porta,
Deixa a entreaberta,
Percebendo que venho atrás,
E sorri ali mesmo.
Pelos quadros pendurados,
Meus olhos passam rápido,
Sempre procurando,
O vestido justo de há pouco.
Encontro novamente o olhar,
O mesmo sorriso,
É aquele vestido,
Que delimita o corpo.
Paramos a ver,
O mesmo quadro,
Cruzamos olhares,
E sorrimos.
Ela sai,
Para e olha para trás,
E vê se a sigo.
Percebo a dica,
Vou atrás dela,
Sigo seus passos,
E ela sorri.
Leva me sem dizer,
Apenas caminhando,
Para uma rua,
Que não tinha saída.
Encosta se a parede,
Pedindo sem falar,
Beijos loucos,
E toques ardentes.
Quando o calor aperta,
Da boca dela sai,
Uma frase curta,
Vem comigo e vamos ao céu.
Sem querer saber,
Com ela vou,
Até onde ela quiser,
Só para sentir o céu.
Paramos num motel,
Subimos até ao quarto,
Onde as roupas desaparecem,
E a pele pede beijos.
Percorro com os dedos,
Todas as linhas dela,
Arrepiando cada linha,
Fazendo pedir mais.
Minha língua desenha,
Círculos na pele,
Que já queima,
Com o calor ardente.
Ela pede mais,
Quer voar sem sair,
Quer o céu,
Apenas e só,
Com os dedos e língua.







segunda-feira, 23 de maio de 2016

Olhar na totalidade...



Olho no espelho,
Vejo um reflexo,
De um corpo curvo,
Com linhas redondas.
Pergunto se toco ou não,
Diz me que só olhar posso,
Enquanto troca de roupa,
Mostrando suas lingerie.
Das linhas vistas,
As curvas pretendo perceber,
Com os dedos,
É a língua bem de fora.
Crio a ilusão de toque,
Penso como será,
Vejo e fico com vontade,
De percorrer cada linha.
São momentos belos,
Visão de um por do sol belo,
Uma brisa serrana de mar,
Um sol quente no inverno.
Fico à espera de mais,
Peço novamente para tocar,
Volto a ouvir um não,
Volto apenas a sonhar.
Depois de ver a troca,
A roupa quente vestida,
Dizes que posso tocar,
Mas apenas nos sítios nus.
As curvas escondem se,
Na roupa apenas se vê,
As linhas curvas,
De um corpo sensual.
Fixo no olhar,
Olhos nos olhos,
Dedos na pele nua,
E lábios no pescoço.
Vou usando a pele,
Para meu belo prazer,
Mas sentindo bem,
Cada arrepio provocado.
São momentos cintilantes,
Que meus olhos não escondem,
É o desejo de despir,
Uma roupa a pouco vestida.
Meus dedos trepantes,
Minha língua esvoaçante,
Meus lábios desejando,
Mais pele poder tocar.
Uso e usufruo.
Do que me deixam tocar,
Mas na mente só um desejo,
O de poder tocar mais...






sábado, 21 de maio de 2016

Na neve ardente...



Lá fora neva,
No quarto com lareira,
Que aquece corpos,
E alma nua.
Peles a pedir toques,
Lábios que se desejam,
Dedos tentados a percorrer,
As linhas curvas do ser.
Vinho nos copos,
Gelado nas taças,
Cama feita de cetim,
Lingeries delineadas.
Língua em tentação,
Olhos semi fechados,
Palavras sussurradas,
Pedidos ardentes.
Juntam se os corpos,
Mãos que se entrelaçam,
Lábios que se tocam,
Sensações quentes.
Pela janela o branco,
Da lareira a luz,
Uma cama que chama,
Dois corpos quentes.
Percorre se o corpo,
Primeiro com os dedos,
Seguido pelos lábios.
Não deixando nada ao acaso.
Gritos pequenos,
Gemidos sentidos,
Palavras pedintes.
Dos desejos ardentes.
Música que pede,
Mais toques e arrepios,
Em pele quente,
Que desliza no cetim.
Os corpos já nus,
Sem roupa adjacente,
Ficam colados,
Do calor emergente.
Sem fim à chegar,
A começar outra vez,
Os corpos pedintes,
De mais sensações ardentes.




terça-feira, 17 de maio de 2016

Voar até mais não...



Fecho o olhar,
Penso em coisas,
Vejo o luar,
Numa noite de tempestade.
Recordo e avanço,
Penso e resisto,
Tento e fico quieto,
Mas o olhar,
Esse percorre tudo.
Recaindo e levantando,
Tentando e voando,
Deixando as asas de lado,
E caminhando até a lua.
Julgava impossível,
Resistir de tal forma,
A queimar etapas,
Nos sonhos criados.
Sorrindo e cantando,
Gritando e calando,
Percorreria tempos sem fim,
Até Plutão chegar.
Voaria para além mar,
Correria peles infinitas,
Julgaria sobreranias,
De poderes imensuráveis.
Serei eternamente grato,
Ao passado que existiu,
Ao futuro que vira,
Neste presente embrulhado.
Na língua tenho o gosto,
Nos dedos a delicia,
No olhar o carinho,
No corpo à tentação.
Tomaria gosto de ti,
Em qualquer instante meu,
Para nos desígnios de Deus,
Me transformar em Adao.
Liberto minha raiva,
De no toque não poder,
De na suavidade do ser,
Voar até mais não.





domingo, 15 de maio de 2016

Na porta te vejo...



Chego a porta,
Vejo te nua completamente,
Apenas desnudada se calhar,
Vestida com um vestido,
Que curvas bem delineadas,
Se mostram pelo teu corpo.
Mandas sentar sem falar,
Dizes que hoje serei teu,
Objecto de prazer,
E que farei o que mandas.
Fechar os olhos,
Primeira ordem,
Sem se poderem abrir,
Pois assim será melhor.
Minha pele arrepia,
Com tua voz na minha orelha,
A falar sussurrando,
Com meiguice e poder.
Teus lábios tocam nos meus,
Teus dedos minha pele.
Que se vai arrepiando.
De cada toque teu.
Teus lábios descem,
Até ao limite do pescoço,
Que se junta com o peito,
Já despido por ti.
Teus dedos percorrem,
Até ao cinto,
Que desaparece num ápice,
Por tal domino teu.
Tua boca sobe e desce,
Por entre as linhas do peito.
Chegando ao pescoço,
No momento seguinte.
Sinto me nu,
Apenas de boxers vestidos,
E teus dedos dominam,
Todas as linhas do meu ser.
Tua língua toca me,
E aquece meu corpo.
Em crescente ebulição,
Que pretende mais e mais.
Usas cada pedaço meu,
Pelo que me sussurras ao ouvido,
Para teu deleite ver,
Meu corpo em viagem a Plutão.
Poderia ser melhor,
Não acredito que sim,
Pois teus objecto de prazer,
Usaste em teu deleite.
Pedes para abrir os olhos,
Teu vestido já não existe,
Apenas dois corpos nus,
Que se querem colar.
Assim fazes sem pedir,
Sentas em cima de mim,
E com teu sorriso maravilhoso,
Fazes o momento ficar eterno.
E a viagem que se segue,
Sem direito a paragem,
Vamos em sensações ternas,
Da eternidade do prazer.
Cada segundo um segundo,
Cada minuto um segundo,
Em horas se tornaram,
Por mais quentes que fossem.
Por fim e não no fim,
Ver teu olhar de deleite,
Por usares o meu ser,
Em cada pedaço teu,
Como uma forma suave,
De um prazer bem profundo.
Suavidade no toque,
Beijos bem quentes,
Sensualidade patente,
Em cada movimento teu.





Olhos fechados realmente...



Fecho os olhos,
Percorro as linhas curvas,
Que se formam em rectas,
E que tanto prazer me dá.
Na pele sinto o arrepio,
Sinto o crescer em mim,
Calores suados,
Em torno do meu corpo só.
Roupas que não existem,
Mas apenas na mente,
Pois não mais do que isso,
Poderei ter agora.
Línguas que andam,
Desejos de toque,
Dedos arrepiantes,
Pele bem ardente.
Gemidos que oiço,
Sem ninguém os fazer,
Meu corpo treme,
Com o pensamento da mente.
Libertarei meu grito,
No momento que tal,
Me deleitarei no toque,
De uma pele doce.
São vontades ou desejos,
Que minha mente perde,
Para um corpo terrível,
Que não resiste ao toque.
Daria de mim,
Aquilo que sei,
Não ser possível agora,
No momento ardente.
Só queria usar,
Voar ou deitar,
Tocar e olhar,
Sem ter que ser,
No pensamento mais distante.
Ficarei mudo ou não,
Neste desejo ardente,
De na pele passear,
Com lábios ou dedos.
Maravilhoso desejo,
Não mais do que isso,
Pois no toque impossível,
Não existe pudor.
Só queria percorrer,
A pele genial,
Com a língua total,
De uma ponta à outra.
Sem permanecer louco,
Nesta vontade muda,
Que se quer soltar,
Mesmo não podendo tocar.
Irei até ao fim,
Do limite do meu ser,
Para ter o prazer,
De gritar consegui.
São desejos imensos,
Vontades fortes em mim,
Que se quebram no olhar,
Por isso tento fecha-los.
No pensamento percorro,
A pele bem macia,
Com gemidos suaves,
E palavras sensuais.
Na mente voo bem,
Idealizo o momento,
De a pele arrepiada,
Ficar com o meu toque.
E o filme bem feito,
De no fim encontrar,
Os dois corpos colados,
Em suores bem ardentes.
Só queria percorrer,
As linhas curvas sem fim,
Até ao limite do corpo,
De uma pele arrepiada.
Com os dedos,
A língua até,
Lábios poderia ser,
Desde que real,
Pudesse ser.








Aprender a estar quieto...



Acordar e ter que sonhar,
Induzir em mim vontades quietas,
Desejos apagados no corpo,
Sonhar apenas estarei.
Criando novas sensações,
Novos conhecimentos,
Qualidades que não tenho,
Ficar quieto.
O toque mexe mais,
Que o pensar e sonhar,
Fiel a mim,
A endoidecer?
Não de certeza,
Etapas que aparecem,
Escadas que se escalam.
Mas no fim,
O crescimento eterno.
Herói não sou,
Criado de mim me tornei,
Vontades apagadas,
E desejos quietos.
Assim estou neste canto,
Onde o meu corpo,
Não quer obedecer a mente,
E os olhos só não chegam.
Maresias abrasivas,
Ventos muito irrequietos,
Sol muito quente,
E lua muito luminosa.
Neste ser que tanto sonha,
Que tanto imagina,
E que no fim,
Estar quieto,
Uma nova etapa...

sábado, 7 de maio de 2016

Será que me entendo?



Percebo o Mundo,
De uma forma invulgar,
Quase única,
Mas não sou único.
Gosto de fazer sorrir,
Sem lágrimas,
De ver rir,
Com a alma.
Sou incapaz de me entender,
Sou uma forma apenas,
Percebo o que sinto,
Não percebo o que sou.
A cada frase um sorriso,
A cada palavra um riso,
Se falo sério,
Então porque não sou aceite?
Só quero a paz,
Demorei a encontrar,
Na cidade que recusei,
Onde mesmo eu nasci.
Só quero fazer sorrir,
Fazer os outros felizes,
Com risos apenas,
De quem quer bem.
Sou o que sou,
Será que me entendo,
Isso não sei,
Mas sei que sinto,
Aquilo que sinto,
Sem risos de gozo.
Sou forma complexa,
Lutador pela paz,
E em constante movimento,
Que na paz se sente bem.
Permaneço quieto,
Lutando pelo sorriso,
Que ilumina meu ser,
E na paz me faz reinar.
Sou a lua com o Sol,
As Estrelas no meio da lua cheia,
A luz do caminho,
O rei na minha paz.
Foi na lua que vi o brilho,
No Sol senti o calor,
Nas estrelas o caminho,
Dentro de mim a paz...










Cruzamentos...



Nas linhas cruzadas da vida,
Quando chegamos ao cruzamento,
Decidir nem sempre é fácil,
Mas ajuda a ser feliz.
Nas pausas pretendidas,
Nas qualidades lutadas,
Daría tudo para estar certo,
Mesmo quando não estou.
Viajei até ao cruzamento,
Lá parei e olhei bem,
Vi o certo e o errado,
E lancei-me sem fim.
Vi o sorriso eficaz,
De anjo que me guia,
Na paz me encontrei,
No caminho fui levado.
Não fiz nada de mal,
Segui sempre o instinto,
De quem quer ser feliz,
E na paz ficar.