sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Deitado no erotismo...



Naquela cama deitada,
Com grades a cabeceira,
Algemas por entre grades,
E braços colados as grades.
Corpo meio vestido,
Pele arrepiada,
Olhos vendados,
E lábios mordiscados.
Com ilusões e travões,
De quem quer mais,
Sem pedir e exigir,
Roupas que se rasgam.
Dedos que na pele navegam,
Lábios que na pele tocam,
Lingua que pelas linha traça,
Os arrepios bem cravantes.
Na pele nua queima,
Os toques sensuais,
E as algemas que prendem,
Mas que querem soltar.
Pedidos e gemidos,
Trocados num só,
Vontades alcançáveis,
E sonhos desejados.
Só assim poderia ser,
E com os olhos abertos,
Sentir como se fosse ali,
A realidade erótica.
E perceber que,
Aos olhos abertos,
As algemas não estavam,
E a pele desaparecera.
E fechar os olhos,
Em busca de prazeres,
Que desvaneceram ao acordar,
E no sono quiseram ficar.
Com as algemas sonhei,
Com a pele idealizei,
Com o prazer finalizei,
E com o erotismo fiquei...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Anseio por fim...



Meu ser anseia por ti,
Agora que na paz me sinto,
Ele navega por aí,
Esperando teu sorriso.
Gostava de ter asas,
Saber voar até,
Para te encontrar,
Mesmo que te escondas.
São momentos vividos,
Desejos que se vivem,
Mortes anunciadas,
Em momentos passados.
Sorrisos que virão,
Momentos alegres virão,
Corpos unidos no frio,
E amantes no verão.
Alegrias que percorrem as veias,
Pensamentos que nos animam,
Regressos sentidos,
E a paz que não se ausenta.
Liberto de frios,
Calores intensos,
Que persistem em mim,
E que me fazem a paz.
Na pele navego,
No sorriso me alegro,
No toque me seduzo,
No ser me encontro.
É por fim, 
Que sei a paz,
Que meu conforto me dá,
E que me encontro.
Foi por aqui,
Nas terras existentes,
Que a paz entrou,
Na maior calma,
E onde nunca pensava,
Que a teria por fim.

Sentir interminável...


Fecho os olhos e sinto,
Calo me e oiço,
Junto meus dedos e percorro,
Na mente a pele macia.
São linhas navegantes,
Traços delineados,
Desejos ardentes,
De com lábios tocar.
Vontades desejáveis,
Loucuras puras de sentir,
Pulsares e arrepios,
De na pele sentir.
São segundos até,
Minutos talvez sim,
Horas longas de sorrisos,
Com o mais puro prazer.
Brutalmente meu corpo deseja,
Minha alma anseia,
Meu toque ilusionista,
De pele assim percorrer.
Nos segundos me perdia,
Nos minutos percorria,
Nas horas juntaria,
Gemidos ao prazer.
Todas as posições imaginadas,
Em árvores plantadas,
Pelas flores percorridas,
Empaladas nas brisas.
Foram sentidas e tocadas,
Desejos violaveis,
Imaginações alcançáveis,
Por detrás do toque.
Suavidade percorrida,
Em tamanha sabedoria,
De prazeres infinitos,
E géminos intermináveis.











Sorrisos fatídicos...



Naquela tarde fatídica,
Onde o sol se escondeu,
A lua estremeceu,
As estrelas apagaram.
Onde as curvas ficaram rectas,
As linhas ficaram a tracejado,
O dia ficou noite,
E a noite virou escura.
Os pássaros aterraram,
As pessoas pararam,
Os carros sumiram,
E as cores ficaram cinza.
Os seres apareceram,
Falaram ou gritaram,
Ninguém os ouvia,
Até o ser se transformar.
Foram luares perdidos,
Sois encontrados,
Flores sem florescer,
E plantas a diminuir.
Os sonhos ilusões,
As ilusões verdades,
Poderes inexistentes,
E caminhos desistentes.
E com luares e olhares,
Poderíamos subir ao trono,
Até no mais ínfimo desejo,
De sorrir com olhares.
Assim foi esse dia,
Fatídico diriam,
Mas alguns sobreviveram,
E dai sorriram...








terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

A neve...



No branco manto de neve,
O gelo se apodera do corpo,
Enquanto o calor vai se fumegando,
Com o sol que aparece do nada.
Arrepios de frio,
Com sensações de calor,
Visões de pavões,
Que voam como pardais.
Na serra se encontra beleza,
Encontram-se purezas,
Vivem se sensações doces,
E paladares fortes.
Caminhando pelo nada,
Viajei até ao outro lado,
E de lá vi,
A serra diferente.
Cansada e triste,
Alegre e viva,
Forte pela escalada,
Fraca pela água.


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Luares com chama...




Nos sonhos de luar.
Nos corpos chocantes,
Nas linhas tortas,
Nas curvas deliciosas.
Regando vorazmente,
Com línguas passageiras,
Em peles secas,
Que se tornam doce e húmidas.
Quentes dum frio tal,
Que se apoderam de gemidos,
Com poderes traulitantes,
E capazes de seduzir.
Libertando momentos,
Soltando vontades,
Poderosas tentações,
De um viajante lunar.
São segundos saltitantes,
Minutos voantes,
Horas passantes,
E dias contrastantes.
Apenas e só,
Porque nos toques,
Aqueles suaves e doces,
Arrepios deixam na pele.
Momentos de fechar olhos,
E sentir como se hoje fosse,
E afinal anos passaram,
Ou então,
Apenas imaginação seriam.
E naquele luar,
Ao chover com trovões,
A alegria do sol chega,
E faz sorrir.
Quem por de fora vê,
O que se derrete,
Num simples olhar,
De ligações apertadas.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Dados por prazer...



Nos dados adquiridos,
Nos sentimentos volvidos,
Saboreando palavras dóceis,
Libertando sentidos gemidos.
Fulminantes olhares,
Queimamos prazeres,
Sentimos felizes,
Qualidades inertes.
Poderia o céu ser perto,
As estrelas cadentes,
Os mares calmos,
Os rios riachos.
Que não mais sentimentos,
Prazeres até mesmo,
De curvas volventes,
Em peles ardentes.
Julgaria poderes doados,
Caminhos travessos,
Pontes quebradas,
E estradas esburacadas.
Em tamanhas vivências,
Ligando sentimentos sentidos,
Em corações vivos,
Nos corpos quentes.
Linhas traçadas,
Pelas peles curvas,
Arrepiadas com beijos,
E em lábios molhados.
Suando pelos poros,
As sensações bem ardentes,
Onde se sente arrepios,
De toques semelhantes.
Voaria até ao céu,
Correria até ao mar,
Andaria até ao sol,
Para sentir tal prazer...

Queria ver sedas...




Queria esvoaçar até ali,
Queria voar até ao mar,
Queria navegar na busca,
Queria procurar algo.
Vi que não valia a pena,
Vi que no nada existe,
Vi que liberto se ganha,
Vi que a paz existe.
Caminho descalço,
Nas pedras da calçada,
Que de tão quente estarem,
Se tornam impossíveis tocar.
Corra na direção,
De estrelas que brilham,
Sempre por trás de nuvens,
E que cantam saudades.
Foi aqui e ali,
Que meu ser se encontrou,
Em tamanhas presenças,
Que me fizeram sorrir.
Sou mais perto de ser,
Um ser que de nada ser,
Se tornou algo a ser,
Na imensidão do meu ser.
Foram curvas e rectas,
Foram as contra inversões,
Doando visões infinitas,
De poderosas curvas terem.
Sentindo qualidades imperfeitas,
Vivenciando ilusões perfeitas,
Tocando em peles de rosas,
Que de nuas se tornam perfeitas,
Peles de seda...

Instantes antes ou depois...



Sonhos criados,
Ilusões tentadas,
Visões conseguidas,
Qualidades procuradas.
Violões tocando harpas,
Ídolos que se cercam de viloes,
Asas que se rasgam,
Poderes que se acabam.
Finais felizes ou não,
Com chuva e sol,
Que ao mesmo tempo,
Nos beijam a pele.
Maresias na serra,
E neve no mar,
Estradas descalças,
E pés de alcatrão.
São vidas mortas,
Que renascem com cinzas,
E ao arco íris chegam,
Com belezas finitas.
Cercados e sorrisos,
Toques suaves,
Beijos doces,
E olhares quentes.
Final ou começo,
Só o Mundo sabe,
Que no fim de tudo,
Se pode dizer,
Foi ali,
Naquele instante,
Que tudo começou,
Ou até mesmo,
Que acabou...