terça-feira, 28 de julho de 2009

A noite sem fim...


No fechar dos olhos, é quando a saudade aperta mais ainda do que de olhos aberto... Porque se já com os olhos abertos, não me sais da cabeça, então de olhos fechados, apenas te vejo a ti... Ali, parada a sorrir para mim... A querer agarrar-me, a querer sentir os meus braços... A querer beijar-me, docemente, nos meus lábios saudosos de ti... A querer acariciar a minha pele, macia, ansiando pelo teu toque... Ali, deitado, longe, mas perto... Longe, porque a distância assim nos faz estar, mas perto, porque sinto o teu aroma sempre que inspiro... Ali do meu lado, não está ninguém, mas toma a tua forma o ar que percorre o quarto, apenas com uma cama, nada mais... Abrindo os olhos, vejo o quarto deserto, mas com o teu aroma, com o teu toque... Volto a fechar, onde esvoaço para a tua beira e onde me despejo para cima da cama que te acolhe nesta noite longa e longinqua... Fico de olhos fechados para poder sentir tudo, como se de uma realidade se tratasse, pois sei que hoje a noite é longa e que vai demorar a passar e a custar chegar ao teu lado... Quero poder apreciar o teu ser, neste sonho que me arrasta como se fosse o mais real possivel, apenas faltando o teu toque real... O volume do teu corpo, junto do meu... Ali, meu amor, naquela cama, vazia, apenas deito-te a pensar o quanto me fazes feliz e o quanto sou amado por ti... O quanto te amo e o quanto me deixas amar-te... Sinto a tua falta, e sei disso porque hoje a noite não tem fim...

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